terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Param vijayate sri-krishna-sankirtanam!!

Mais um novo site brilhante:

http://bhajanbrasil.ning.com

Àqueles afixionados por bhajans e kirtans, não dixem de acessar!

Hari Haribol!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Complemento

O tema anterior inclui qualquer tipo de desculpa. Podemos ter várias desculpas, mas não devemos nos apoiar nelas para não executar nada nem algo.

"Não dê desculpas. Seus amigos não precisam delas, e seus inimigos não irão ouvi-las".... e sua mente não mais terá subterúgio para fugir de compromissos/responsabilidades/deveres/amores.

Assim, caso chegue atrasado, mesmo devido a um trânsito infernal ou algo do gênero, desculpe-se sem dar desculpas. A falha foi sua e ponto.
Caso a comida tenha ficado sem sal, desculpe-se e traga o saleiro.
Caso a decisão seja a pior de todas e só depois de muito tempo você percebeu, consinta e procure corrigir ou começar do zero.
Fato: Nunca deixe de fazer, não de desculpas esfarrapadas nem boas por algum trabalho mal feito seu. Foi sua falha e pronto. BOla pa frente. Aprenda a não mais errar desta maneira. Há tantas maneiras de se errar, por que se fixar apenas em uma?

Dando um exemplo: recentemente traduziram um artigo da "Back to the Godhead" falando à cerca de um devoto mudo. Ele não pode "cantar" Hare Krishna, mas ainda assim ele canta os santos nomes de várias maneiras, e se dedica a propagar a consciência de Krishna da mesma maneira. Ele 'canta' 4 voltas de japa por dia, sendo que ele demora cerca de 20 minutos por cada volta... imagine.

Outro exemplo: Wagner, baterista da Caminho Vaikuntha, é cego. Porém, se dedica, se esforça, dá duro pra ser um bom baterista, e é um baterista muito bom, muito criativo e com uma linguagem própria na batera. Sem contar que também toca violão, guitarra, arruma toda a aparelhagem eletrônica da banda, define os timbres da pedaleira, faz curso de filosofia, joga RPG, canta japa...

Hare Krishna! Radharani abençoe todos estes inspiradores devotos.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Negando os pseudos "arranjos de Krishna"

Saindo um pouco do raciocínio, indo para um pensâmen atual.


Refleti comigo mesmo esta história de "arranjo de Krishna" e "pô, não tá dando certo... vai ver Krishna não quer mesmo". Definitivamente, resolvi abolir estes pensamentos. Por quê? Vejamos:


- O serviço em particular está difícil de concluir - desde "o pedaço da maçã não pára de escorregar de minha mão" até "não consigo abrir a conta para o templo";

- A repetição está levando a exaustão;

- Aí surge o pensamento: "Puxa, talvez Krishna não queira este pedaço de maçã... já caiu na pia umas 5 vezes..." ou "Puxa, acho que Krishna não quer que façamos uma conta no banco. Pode ser muito pepino..";

- Aí surge a desmotivação;

- Aí surge o "abort mission", devido ausência de energia à ser empreendida.


O principal foco é a perda da energia/perda do entusiasmo. Utilizar um pensamento consciente de Krishna para desentusiasmar o indivíduo de atingir um objetivo é completamente o fim da macaca vairagya (markata). E mais:


- Krishna tem várias formas de apresentar Suas vontades. Não é através de algo desmotivador que Ele apresentará. Tenha CERTEZA disto;

- Essas desculpas desmotivadoras são mero arranjo da mente, que está em contato com modos inferiores da natureza material (gunas);

- Isto pode até ser Maya, a cachorrinha muito educada de Krishna, que está perguntando: "quer realmente fazer isto pra Krishna?";

- Qualquer pensamento/ação/palavras que tragam desmotivação deve ser ABOLIDA, refreada, guardada à sete chaves e jogada oceano abaixo. Isto porque cada vez que vemos algo do gênero, mesmo não sendo conosco, se não corrigirmos.... no mínimo na mente, aquele fato será armazenado na memória e aquilo será "utilizado contra nós".


Tenho exemplos de associados íntimos do Senhor que fizeram/comprovaram meu raciocínio:


1° - Srila Prabhupada. Com 68 anos nas costas, corpo velho, casado, com uma moradia num templo em Vrindávana, veio para os Estados Unidos, após muito sacrifício e TRÊS ENFARTES durante a viagem num NAVIO CARGUEIRO, para satisfazer seu mestre espiritual (fora os diversos exemplos em sua vida, apresentados belamente no livro "Prabhupada Lilamrita", como por exemplo o caso do terreno em Bombaim);

2° - Não lembro quem foi, se foi Srila Vishvanatha Cakravarti, Govinda dasa, Narottama dasa Thakur ou Bilvamangala Thakur. Bem, estava ele com suas onipotências Sri Sri Goura-Nitai, deidades eternamente adoráveis. Seu comportamento intrigante de conversar com as deidades já era conhecido pelos moradores do vilarejo. Um certo dia, quando ele fora acordar as deidades, viu que haviam roubado os artigos de adoração. Alguns moradores do vilarejo, vendo ele conversando com as deidades meio que esbravejando, foram questionar à ele sobre o ocorrido, na qual ele respondeu: "Mas o que posso fazer se Krishna é amigo dos ladrões?". No dia seguinte, haviam roubado o prato de prasadam de Caitanya (ou Nityananda? acho que era Caitanya mesmo), na qual ele muito "de cara" disse: Agora já é demais, Caitanya! Ficará sem comer até que Seu prato seja devolvido!!". E assim o fez (Nota: este acarya só comia os restos fos alimentos que ele oferecia à suas deidades). Após três dias, O prato estava lá novamente. n.n

3° - Rukmuni sempre foi muito serviçal e dedicada a satisfazer Krishna, e por isso era uma das rainhas principais de Dvaraka. Certo dia, quando abanava Krishna, Krishna resolvera pregar uma peça nEla, dizendo as seguintes palavras (não exatamente, por favor): "Ó, quão tola é você, Rukmini. Eras princesa opulenta, e fostes raptada por Mim, devido Seu desejo de querer estar Comigo. Porém sabes que não preciso de nada para ser feliz, Sou auto-satisfeito. O que Seus serviços poderiam oferecer-me?". Naquele momento, ao invés de ficar irada, o que era esperado por Krishna, Ela começou a perder a cor, derrubou o abano de Sua mão e pouco a pouco foi perdendo a consciência, perdendo o controle de Seu ar vital. Quando Krishna, surpreso, viu aquela reação, logo se redimiu, e glorificou o serviço devocional, no qual, no mesmo instante, fez Rukmini retomar a compostura e glorificar o mesmo.


As duas últimas histórias mostram que, mesmo que Krishna não quizesse que a conta não fosse feita no banco, ou que não quizzesse a maçã, NÃO IMPORTA! Este serviço deve ser concluido mesmo assim, para o espanto e consequente satisfação dEle.


Assim, se este pensamento "ah, arranjo de Krishna. Krishna não quer" ou algum outro que incite desmotivação, ARRANQUE-O, DETONE-O FILOSOFICAMENTE e que eles sejam maiores motivos para seu serviço ser bem-concluído!


Concordam?

Atato utsaha jijnasa

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Anartha

Anartha literalmente significa "coisas desfavoráveis". Esses anarthas podem ser tanto a causa quanto a ação/compreensão errônea. Anarthas possuem sua origem em avidya, ignorância. Ignorância aqui deve ser compreendida por "ausência de conhecimento", ou, pior, "pseudo-conhecimento".



Por ignorância compreendemos/agimos de maneira equívoca ao nosso real desejo. Assim, podemos concluir que o sofrimento originalmente vem devido a avidya. Esta ignorância é o fator primordial de nosso sofrimento.



Poderíamos deixar de agir, para que não haja mais reações desfavoráveis. Isto nos trará a felicidade?


NÃO. Isto apenas nos aliviará dos sofrimentos. Porém não agir é um princípio impraticável. Por essência, independente de crentes ou descrentes (vide definição nos textos anteriores), nosso princípio de existência/vida é a ação. A ação de pensar, de fazer, de decidir - ação (karma).



O que acontece quando deixamos de agir?



Primeiramente, precisamos entender por que agimos.

Agimos devido ao desejo de desfrutar de algo. Desfrutar de nossa independência, desfrutar de nosa liberdade de expressão, desfrutar em satisfazer os sentidos/corpo/mente. Estes desejos advindos da mente (função da mente: pensar, agir, desejar) são infindáveis. Quanto mais satisfazemo-os, mais desejos surgem.



Quando deixamos de agir, deixamos de satisfazer tais desejos. Assim, poderíamos dizer que não mais surgiriam desejos. Porém, os desejos que lá estavam permanecem. Com a REPRESSÃO de tais desejos, alimentam-os/fortalecemo-os, até o momento da erupção (vide filme SAMSARA).



Assim, concui-se que apenas deixar de agir não nos trará felicidade. No máximo trará um prazer em não sofrer, e "alívio dos sofrimentos" não é o que chamamos de FELICIDADE.

domingo, 30 de novembro de 2008

Prosseguimento da indagância



Pois morremos. É certo.

Assim, por quê viver?

Para ser feliz.

Como podemos ser feliz?

...

A felicidade é encontrada em vários lugares, de várias maneiras. A felicidade surge desde um afeto amoroso até a morte de outrem. O fato é que a felicidade vem, desmedida, sem avisar. Não precisa de esforço para tal. Porém, também é fato que, da mesma maneira que ela vem, ela vai.

Aí há esforço em mantê-la.

Como mantê-la? Da mesma maneira que a felicidade vem, a tristeza vem. Desde um afeto amoroso até a morte de outrem. E. assim, é o ciclo - felicidade, aflição, felicidade, tristeza, felicidade... Às vezes mais feliz, às vezes mais triste.

E então?

A busca em mantê-la pode ser a resposta de porque muitos agem dentro da etiqueta, ética e moral, mesmo sem tornar isto consciente. Caso assim não seja, por que um "desacreditado" (quem não crê em vida após a morte) agiria de tal maneira? Não há razão/motivo/causa para tal - a não ser algum tipo de condicionamento.

Aí surge os condicionamentos. Quem são eles? O que eles fazem conosco?

O que eles fazem é fácil: Nos mostram falsas verdades, nos iludem a agir de tal e tal maneira, independente de certo ou errado, bem ou mal. Este condicionamento existe em todos, mesmo nos crentes (de existência pós vida). Sendo assim, a opção para ambos (ou seja, "paratodos") é a seguinte: quero eu estar condicionado ou não? Isto mantém minha felicidade?


athato anartha jijnasa.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008



Enfim, o retorno.

Prezo pelo fato. A redescoberta de algo que sempre fora presente, porém oculto. Definitivamente, a necessidade da escrita para quem tende a ser escritor é tal qual a necessidade do peixe de estar dentro da água, ou da existência do limite para compreender o ilimitado.

Retorna com sede de vida, que preferível compreender "sede de morte". Não fatalista, nem fatídica. É a observância do inevitável, que define e propõe com mais vigor a existência. Pois é assim: "para quem nasce, a morte é certa" (Hagakure).

Cada instante é um instante a menos. Cada segundo de vida é um segundo mais perto da morte. Pois, se assim o é, "para qual fim irei morrer?" deve ser a questão. Entre os emaranhados de pensamentos, podemos encontrar a raiz de todos os desejos: prazer. É a busca incessante, para quem aceita reencarnação, para quem nada aceita. O desejo de desfrutar, de sentir prazer, de ser feliz, é o impulso original.

Pois bem, que feliz sejamos.


...

Mas por que a felicidade não permanece? O que retira o desfrute do desfrutador? Será que existe níveis de prazer? Por que a felicidade não vem por qualquer ação? Deveria vir o prazer de algum lugar?

Um fato: ser feliz é uma arte. Por detrás da arte há o artista.
Que seja. Athato ananda jijnasa: Agora vamos indagar àcerca da bem-aventurança. Para que assim, a morte seja a conclusão vitoriosa de toda a vida.