domingo, 30 de novembro de 2008

Prosseguimento da indagância



Pois morremos. É certo.

Assim, por quê viver?

Para ser feliz.

Como podemos ser feliz?

...

A felicidade é encontrada em vários lugares, de várias maneiras. A felicidade surge desde um afeto amoroso até a morte de outrem. O fato é que a felicidade vem, desmedida, sem avisar. Não precisa de esforço para tal. Porém, também é fato que, da mesma maneira que ela vem, ela vai.

Aí há esforço em mantê-la.

Como mantê-la? Da mesma maneira que a felicidade vem, a tristeza vem. Desde um afeto amoroso até a morte de outrem. E. assim, é o ciclo - felicidade, aflição, felicidade, tristeza, felicidade... Às vezes mais feliz, às vezes mais triste.

E então?

A busca em mantê-la pode ser a resposta de porque muitos agem dentro da etiqueta, ética e moral, mesmo sem tornar isto consciente. Caso assim não seja, por que um "desacreditado" (quem não crê em vida após a morte) agiria de tal maneira? Não há razão/motivo/causa para tal - a não ser algum tipo de condicionamento.

Aí surge os condicionamentos. Quem são eles? O que eles fazem conosco?

O que eles fazem é fácil: Nos mostram falsas verdades, nos iludem a agir de tal e tal maneira, independente de certo ou errado, bem ou mal. Este condicionamento existe em todos, mesmo nos crentes (de existência pós vida). Sendo assim, a opção para ambos (ou seja, "paratodos") é a seguinte: quero eu estar condicionado ou não? Isto mantém minha felicidade?


athato anartha jijnasa.

Um comentário:

Citraleka disse...

Felicidade, aflição, felicidade, aflição... que coisa mais penosa.. o que me assusta em meio a tudo isso é que não existe a tal felicidade, nem a tal tristeza. são coisas tão, tão dominadoras que parecem serem irreais. parece q estamos eternamente olhando para tal tristeza e a tal felicidade e se perguntando:"o que vc está fazendo aqui? eu te chamei?". Sim chamei. Pelo simples fato de estar neste mundo estou chamando e 'deschamando' essas felicidades e aflições. Atualmente, em particular, estou a observar minha aflição e mesmo sabendo que há uma razão dela estar ali, ainda assim não acredito em sua presença e aí penso:"Como ser transcendental a essa aflição? Como?!" E aí Krishna olha pra mim e diz: 'esta minha natureza é tão difícil de ser suplantada, mas aqueles que se renderam a mim podem facilmente transpô-la. então, se renda! entregue-se a Mim semeando o brilho da luz real e assim brilhará o sol que há em si.' e agora estou tentando me render, estou tentando semear minha luz real.mas como semear esta luz num lugar tão cheio de pedregulhos, de rancor, de mágoa, de desconfiança...