sexta-feira, 28 de novembro de 2008



Enfim, o retorno.

Prezo pelo fato. A redescoberta de algo que sempre fora presente, porém oculto. Definitivamente, a necessidade da escrita para quem tende a ser escritor é tal qual a necessidade do peixe de estar dentro da água, ou da existência do limite para compreender o ilimitado.

Retorna com sede de vida, que preferível compreender "sede de morte". Não fatalista, nem fatídica. É a observância do inevitável, que define e propõe com mais vigor a existência. Pois é assim: "para quem nasce, a morte é certa" (Hagakure).

Cada instante é um instante a menos. Cada segundo de vida é um segundo mais perto da morte. Pois, se assim o é, "para qual fim irei morrer?" deve ser a questão. Entre os emaranhados de pensamentos, podemos encontrar a raiz de todos os desejos: prazer. É a busca incessante, para quem aceita reencarnação, para quem nada aceita. O desejo de desfrutar, de sentir prazer, de ser feliz, é o impulso original.

Pois bem, que feliz sejamos.


...

Mas por que a felicidade não permanece? O que retira o desfrute do desfrutador? Será que existe níveis de prazer? Por que a felicidade não vem por qualquer ação? Deveria vir o prazer de algum lugar?

Um fato: ser feliz é uma arte. Por detrás da arte há o artista.
Que seja. Athato ananda jijnasa: Agora vamos indagar àcerca da bem-aventurança. Para que assim, a morte seja a conclusão vitoriosa de toda a vida.

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